A seca e estiagem que atingem a região sudeste do Brasil vem preocupando muita gente por causa dos riscos de rodízios de abastecimento, racionamento ou até mesmo pela falta d’água, que pode ser realidade para as mais de 80 milhões de pessoas que vivem nos quatro estados da região. No fim de janeiro, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, chegou a anunciar, em São Paulo, que alguns bairros poderiam ficar sem água até 5 dias por semana no estado mais atingido pela chamada “crise hídrica”.
Mas engana-se quem acredita que a situação pode reduzir o número de casos de doenças transmitidas por mosquitos, como a Febre Chikungunya, Dengue, Malária e outros males. Estes mosquitos, que dependem de água para se proliferarem, podem estar ainda mais próximos da população.
No último dia 4 de fevereiro, a colunista do Jornal Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo, divulgou a explosão do número de casos confirmados de dengue na maior cidade do país. Mais de 840 diagnósticos da doença foram feitos, o que representa duas vezes mais o número de casos no mesmo período de 2014. Em Minas Gerais os balanços do primeiro mês do ano não foram divulgados ainda.
Mas qual a relação que faz da crise hídrica um potencializador para os casos de dengue no sudeste? De acordo com a colunista, o medo de viverem sem abastecimento faz com que muita gente comece a guardar água dentro de casa e, sem saber, acabam construindo verdadeiros criadouros para o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
Desta forma, os mosquitos, que antes colocavam seus ovos em poças e materiais que acumulam água em áreas abertas, como quintais, podem agora ter todas as condições para se proliferarem dentro de casa, nas cozinhas, banheiros e áreas de serviço.
De acordo com balanço, divulgado em 16 de Janeiro, pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG), os números da doença no estados reduziram em 2014, quando comparados com 2013. Ao todo, foram 48.959 ocorrências confirmadas da doença no último ano. Em 2013 foram 368.387 registros. Os número óbitos também caiu, passando de 47, em 2014 para 117 nos 12 meses anteriores.
Caso siga as tendências da capital paulista, 2015 será um ano com mais casos da doença em Minas Gerais, uma vez que, em 2014, não houve nenhum tipo de corte oficial no abastecimento e, em 2015 as previsões da Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais (Copasa) mostram que, se não chover o suficiente, será necessário a adoção de medidas para forçar a economia dos recursos hídricos na capital e região metropolitana.
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