Belo Horizonte é uma das 18 cidades brasileiras em alerta de surto do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, da febre chikungunya e de outras doenças. Outras 19 cidades mineiras se encontram em situação de risco. A informação foi divulgada em balanço do Ministério da Saúde, na manhã de ontem, 12.
Na semana passada o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, confirmou a primeira morte causada pela dengue neste ano no estado, trata-se de um homem de 64 anos morador de Iguatama, no Centro-Oeste. Mais de 2800 casos já foram confirmados em 2015. Só em janeiro foram 1820 diagnósticos.
Em relação à 2014, o aumento de casos de doenças causadas pelo mosquito aumentou 26,38%, de acordo com o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado nos dois primeiros meses deste ano em 1844 municípios, divulgou o Ministério da Saúde.
Só na região Sudeste, 54 municípios encontram-se com índices de risco de epidemia, é segunda região com mais cidades citadas. O Nordeste encabeça a lista, a região concentra a maioria dos municípios (171); depois da Região Sudeste vem o Sul (52); Norte (46); e Centro-Oeste (17).
Veja a lista de cidades mineiras colocadas sob em alerta de acordo com o Índice de Infestação Predial (IIP), que relaciona o número de imóveis positivos para a proliferação do mosquito transmissor pelo número de imóveis pesquisado. (O risco de infestação de Dengue e Febre Chikungunya se configura a partir de 4,0):
- Ituiutaba (10,7), no pontal do triângulo,
- Pará de Minas (9,3), na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH)
- São Sebastião do Paraíso (6,9), no sudoeste do estado, divisa com São Paulo,
- Dores do Indaiá (6,8), na região central de Minas,
- Unaí (6,8), na região noroeste do estado,
- Formiga (6,7), região oeste do estado,
- Governador Valadares (6,6), no Vale do Rio doce,
- Bom Despacho (6,1), na região central,
- Paracatu (5,9), no noroeste de Minas,
- Francisco Sá (5,6), norte do estado
- Ponte Nova (5,4), na Zona da Mata
- Mantena (4,9), no Vale do Rio doce
- Piumhi (4,5), oeste de Minas
- Matozinhos (4,3), na RMBH
- Oliveira (4,3), oeste do estado
- Ubá (4,3), na Zona da Mata
- Vespasiano (4,2), na RMBH
- Juiz de Fora (4,2), na Zona da Mata mineira e
- São João Del-Rey (4,1), no Campo das Vertentes
Ao todo, 340 cidades brasileiras estão em risco de epidemia para a doença e outras 877 se encontram em alerta para ambas as doenças.
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o LIRAa constitui uma ferramenta importante para direcionar ações de prevenção e combate à Dengue e ao Chikungunya.
Com informações do Ministério da Saúde