Lilica era a galinha de estimação de Duda. Uma galinha da angola criada como qualquer outro bichinho de estimação. Tinha coleira, roupinhas, lacinho, hora para comer, hora para passear e até uma cama com cobertor e tudo. Como dizia a avó de Duda, “parecia gente”: sentava à mesa, brincava com as crianças, via televisão. Era o xodó da casa. Mas tudo começou a mudar quando Duda percebeu um comportamento estranho na vizinhança. Certo dia, acordou com a campainha tocando insistente.
– Bom dia, Duda. Vim comprar a galinha. – disse Tomás, o dono da feira da esquina.
Por certo, ele só poderia estar falando de Lilica. Mas ela não estava à venda. Ela jamais
venderia sua galinha de estimação. Não compreendia como Tomás chegara àquela conclusão.
– Tomás, a Lilica não está à venda. É minha, de estimação. Essa galinha não sai daqui. – respondeu, enérgica.
O episódio terminou ali com Tomás dando meia volta sem Lilica nas mãos. Mas o que inquietou Duda foram os outros. Depois do feirante, metade da vizinhança apareceu à sua porta com intenção de comprar a galinha. Sem entender e já cheia daquilo, foi logo dando aviso ao Exterminador que chegava ao portão. Mas antes que pudesse dizer algo, ele foi mais rápido:
– Já sei, a Lilica não está à venda.- disse.
Os olhos da garota brilharam.
– Exterminador, eu não entendo!
– Olhe bem para o telhado, Duda.
A garota olhou. Entre a calha e uma pilastra, uma aranha havia escrito com sua teia:
– Vende-se galinha da angola.
– Duda, galinhas comem aranhas. – explicou o Exterminador.
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