Na sala ampla ecoam as vozes das crianças. “Onde está? Não encontro!”, diz uma. “Senhor, senhor. A aranha fugiu”, chama outra dirigindo-se a Szymon Przebinda, responsável pela exposição. “Ah! Está aqui!” O entusiasmo da descoberta mistura-se com o medo à medida que percorrem cada um dos 45 terrários com aranhas e escorpiões presentes no Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC), em Lisboa.
Veja fotos destes animais. As fotos são André Correia.
O objetivo da exposição é fazer com que as pessoas percam o receio das aranhas, explica Przebinda. Embora alguns adultos só visitem a exposição porque os filhos ou netos insistiram muito. “Eu não gosto nada destas coisas, mas ela queria muito ver”, diz uma avó apontando para a neta. “A minha filha é que não tinha certeza se queria mesmo vir.” Mas até o medo é, por vezes, vencido pela curiosidade e a avó segue à procura de mais uma aranha no próximo terrário.
A exposição temporária da empresa Araneus resulta de uma coleção particular de Sebastian Waducki, responsável pela empresa e um dos três colaboradores da mesma, que já tem 20 anos.
Por se alimentarem sobretudo de insetos, as aranhas desempenham um papel muito importante no equilíbrio dos ecossistemas, contribuindo para reduzir o número de insetos dos quais se alimentam. Além disso, os humanos têm estudado o potencial da aplicação da seda das aranhas, por ser um material muito resistente, e do veneno, para o tratamento de determinadas doenças.
Na exposição que estará no MUHNAC até dia 5 de abril, os visitantes vão descobrir que há tarântulas que libertam pelos urticantes quando se sentem em perigo ou que os escorpiões ficam fluorescentes quando iluminados com luz ultravioleta. E vão conhecer outros aracnídeos além das tarântulas: duas viúvas-negras, oito escorpiões, um pseudoescorpião e um amblipígio.

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