Sexta-feria à noite. Exterminador e Exterminadora, confortavelmente sentados nas cadeiras estofadas do restaurante preferido, sentem o cheiro vindo da cozinha. É dia de Ratatouli e sobremesa por conta da casa. Depois de uma semana de muito trabalho, era tudo o que precisavam. Os chef’s estavam lá como sempre, as mesas cuidadosamente forradas em vermelho, também.
O prato chegou quente e sem demora. Magnífico no colorido, estonteante no aroma, delicioso no sabor. Os dois estavam tão tomados pelo gosto da cebola combinado à beringela, aos tomates e ao tempero acre do vinagre que demoraram a notar o burburinho que, de repente, correu o salão. Decidiram concentrar a atenção de volta à comida e pediram a sobremesa.
Enquanto a sobremesa não chegava, a confusão se generalizou. Era como se uma mesa tivesse contaminado a outra numa sucessão crescente. A música ambiente foi abafada pela discussão. O Exterminador percebeu que, ainda que os clientes reivindicassem razão, todos pareciam confusos, ninguém sabia ao certo o que estava acontecendo.
– Mas ela estava aqui agora, não sei como não está mais – dizia o garçom a uma senhora.
Ainda sem resposta, o Exterminador só conseguiu entender o que acontecia ao ver sua sobremesa chegando. O sundae ostentava uma enorme cereja no topo. Mas uma coisa chamou a atenção: em um segundo, a cereja estava lá, no segundo depois, já não estava. Todos os sundaes chegavam à mesa sem a cereja. Onde elas foram parar? Como sumiam tão rápido?
Olhou em volta e era caos. Pelo menos 20 mesas ocupadas e nenhuma cereja. Mas bastou um breve olhar para o canto do salão: um pequeno roedor acumulava as cerejas sem mal conseguir carregá-las sobre as duas patinhas dianteiras.
– Aonde você está indo? – perguntou a Exterminadora ao ver o Exterminador caminhar em direção à lateral do restaurante.
– Vou fazer o meu trabalho.
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