A festa do final de semana tinha tudo para ser a melhor do ano. A casa de Sabrina já começou a encher lá pelas seis, e havia tanta gente que ela pensou por um momento que não caberia todo mundo. Tanto a casa quanto o jardim estavam abarrotados. Os amigos vieram, os amigos dos amigos também. Os vizinhos vieram, os vizinhos dos vizinhos também. Os parentes vieram e os parentes dos parentes também.
Tinha muita gente, muita comida, muita bebida, muita dança e muita música. Várias playlists pensadas só para a festa. Uma longa pesquisa foi feita. Sabrina perguntou, investigou, listou as músicas preferidas de todos os candidatos. Tudo deveria estar perfeito. E foi com essa sensação que tudo começou. Estavam todos lá, curtindo a noite e, claro, o som. Até que algo parecia soar um pouco descompassado. O forró que agitava as caixas de som de repente foi interrompido pela voz vagarosa do Roberto Carlos. Sabrina não entendeu, mas mudou novamente o disco e deu de ombros. Mas foi dar as costas para o aparelho que o som pesado do Metallica deu lugar a mais um sucesso do rei.
E assim seguiu durante algumas horas. Toda e qualquer música era substituída por alguma canção de amor do Roberto Carlos. Parecia até que os amplificadores tinham vontade própria. Sabrina, sem saber o que fazer, desistira e os convidados já estampavam no rosto aquele desagrado de festa ruim. Até que o Exterminador, que até então olhava intrigado para tudo aquilo, se aproximou do toca-discos, tirou a tampa e revelou a Sabrina o motivo do mau comportamento.
Um verdadeiro formigueiro havia dominado os circuitos internos do aparelho.
– É a primeira vez que vejo uma infestação de fãs de Roberto Carlos. – disse o Exterminador olhando as formigas se divertirem trocando mais uma vez o disco.
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