MITOS E VERDADES SOBRE OS CUPINS

Basta uma chuva ou vento forte para assistirmos, nos noticiários, a queda de grandes árvores. Segundo os biólogos, não é natural que árvores de grande porte caiam por culpa de tempestades. Essas ocorrências podem ser de responsabilidade dos cupins, que se espalham cada vez mais pelas cidades e podem causar prejuízos a muitas pessoas.
A principal fonte de alimento dos cupins é a madeira, e isso pode explicar o enfraquecimento das raízes de muitas árvores em nossas cidades. Além disso, casas de madeira ou que tenham a base feita nesse material correm muito risco de serem atacadas. Mas ainda existem muitas dúvidas com relação a esta praga. Por isso, trazemos algumas das dúvidas mais frequentes sobre estes insetos, de acordo com o Instituto Biológico de SP.

Cupins: mitos e verdades

Aleluias e siriris são cupins?
Sim. São os reprodutores, cupins com asas.
Cupim come concreto? Derruba prédio?
Não. Somente estruturas de madeira. Os cupins podem danificar alguns tipos de plásticos, mas não os consomem. O gesso, por conter material celulósico na liga que o compõe, pode ser atacado pelo cupim. A propaganda sobre o “cupim de concreto” apenas assusta as pessoas, sobre uma inverdade, que acaba prejudicando na contratação do serviço de descupinização, pelo fator “pânico”.
Verdade: “eles já estavam aqui muito antes de Colombo chegar”
Centenas de espécies de cupins habitam, há milhões de anos, as nossas matas, florestas e cerrados. Algumas espécies resistiram ao desmatamento, às atividades agrícolas, florestais e ao processo de urbanização conduzido pelo homem. Um exemplo atual ocorre em muitos dos chamados condomínios horizontais, inseridos em áreas próximas das grandes cidades, num misto de vegetação nativa, da atividade agrícola ou florestal. O desmatamento de parte das matas ou plantações afetará as populações de cupins presentes no local e algumas tentarão se adaptar ao novo “modelo ambiental” imposto pelo homem, constituído geralmente de grama, arbustos, estruturas de madeira e concreto. No mundo, são conhecidas mais de 2900 espécies de cupins e, no Brasil, cerca de 500 espécies, uma das maiores faunas termíticas (de cupins). Felizmente, um pequeno número de espécies causa problemas ao homem, tanto na agricultura como nas cidades, resultado do desequilíbrio ambiental.
Essencialmente ecológicos: os cupins possuem um papel muito importante na reciclagem de nutrientes em nossas florestas, decompondo as folhas e árvores caídas no chão da floresta. Imaginem se não existissem quem realizasse a função de decompor as árvores mortas! Os cupins também auxiliam na aeração do solo e incorporação do material decomposto, ajudando a manter o equilíbrio no meio ambiente. Fazem parte da cadeia alimentar, servindo de alimento para muitos pássaros e mamíferos. Alguns ninhos de cupins servem ainda de abrigo para aves, répteis e pequenos mamíferos.
“Enquanto perguntamos de onde o cupim vem, eles se perguntam de onde veio o homem”.

Qual espécie de cupim tem em minha casa?

Em uma análise bastante grosseira, podemos dizer que a presença de caminhos ou túneis de terra em paredes e terra em batentes de porta e outras estruturas de madeira sugerem a presença de cupim subterrâneo. Pequenos grânulos duros e secos da coloração da madeira onde foram encontradas sugerem a presença de cupim de madeira seca. Pó fino como talco significa a presença de brocas de madeira (besouros).
Com informações de Marcos R. Potenza, do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal (potenza@biologico.sp.gov.br)

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