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Dedetização - Insetos descobertos por pesquisadores da Embrapa são catalogados

Insetos descobertos por pesquisadores da Embrapa são catalogados


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Duas novas espécies de insetos descobertas por cientistas da Embrapa acabam de ser registradas no Cadastro Nacional de Coleções Biológicas (CCBIO) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O besouro Deltochilum(Aganhyboma) kolleri e a mosca Pityocera(Pseudelaphella) barrosi receberam nomes científicos em referência aos seus descobridores, respectivamente, os pesquisadores Wilson Werner Koller e Thadeu Barros, da Embrapa Gado de Corte (MS).

Identificados e descritos pelos taxonomistas Fernando Silva, Fernando Vaz-de-Mello, Thiago Krolow e Inocêncio Gorayeb, os ectoparasitas foram descobertos durante estudos da Embrapa concluídos há uma década. O exemplar de besouro encontra-se para consulta na coleção oficial da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e o da mosca, no Museu Paraense Emílio Goeldi e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
Para a ciência, a identificação e o registro de novas espécies representam mais um passo. Koller afirma que ainda se conhece muito pouco sobre os organismos, e a identificação acrescenta conhecimento científico. “Cada vez que uma espécie nova é descoberta, um novo mundo se descortina. Se a espécie tem importância ou não, o tempo dirá, mas enquanto não são conhecidos, os indivíduos não existem para a ciência”, completa Thadeu Barros.
No final da década de 1980, a morte de pastagens de Brachiaria brizantha no Cerrado brasileiro criou um cenário agrícola tumultuado, e pesquisadores da Embrapa, entre eles o entomologista Wilson Werner Koller, buscaram possíveis causas em propriedades rurais. Foi quando coletou-se o exemplar de Deltochilum(Aganhyboma) kolleri, besouro coprófago (que se alimenta de fezes), popularmente conhecido como “rola-bosta”. Esses coleópteros se mostraram grandes parceiros biológicos da atividade pecuária, ao lado de ácaros e outros insetos predadores ou competidores que atuam nas massas fecais, colaborando no controle natural da mosca-dos-chifres, vermes gastrointestinais e outras pragas bovinas.
O entomologista explica que esses coleópteros removem ou degradam as fezes bovinas, reduzindo a área de pastagem afetada pelas massas fecais e o tempo de rejeição para pastejo. Além disso, aceleram o processo de ciclagem e melhoram o aproveitamento de nutrientes. Por fim, auxiliam na infiltração e retenção de água da chuva e incrementam as características físico-químicas do solo. Essas ações contribuíram para ampliar a produtividade e a persistência das pastagens.
Até o ano 2000, conheciam-se 80 espécies do gênero Deltochilum, 52 das quais são encontradas no Brasil, e, dentro de seus nove subgêneros, destaca-se a Aganhyboma por apresentar espécies raras em coleções e com o peculiar hábito de predar diplópodes (piolhos-de-cobra ou milípedes), segundo o professor do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará, Fernando Silva. Especialista no gênero, ele descreve que as espécies desse grupo possuem “corpo de tamanho pequeno ou médio, colorido e brilhante, bastante convexo”. D. kolleri faz parte da grande família de escarabeídeos (Scarabaeidae), que abarca mais de 234 gêneros e 6.000 espécies espalhadas pelo mundo.
Descoberta da mosca
Os surtos de tripanossomose em bovinos de corte do Pantanal, entre o final dos anos 1990 e início de 2000, levaram pesquisadores a estudar a dinâmica da infecção por Trypanosoma vivax em rebanhos bovinos na área de transição entre a planície pantaneira e a região de planalto. Os estudos epidemiológicos envolveram a captura de vetores, no caso, as ‘mutucas’ (Tabanidae), e isso permitiu a coleta da Pityocera(Pseudelaphella) barrosi. A região tropical favorece o desenvolvimento de microrganismos patogênicos, como os tripanossomas, e de seus vetores, com destaque para as mutucas.
“É possível relacionar o aumento do número de casos de uma doença ao aumento populacional de vetores. De fato, a maior incidência de tripanossomose tende a ocorrer após épocas de maior abundância de mutucas na região”, afirma o entomologista da Embrapa, Thadeu Barros, integrante do então grupo de pesquisa. A tripanossomose, de acordo com o médico-veterinário, é uma doença oportunista que agrava o estado de saúde de animais debilitados. Os resultados gerados naquela época valem ainda para hoje.
A história da Pityocera (Pseudelaphella) barrosi é peculiar, pois, nos anos de estudo, os exemplares foram capturados nos meses de março e abril, somente nesse curto período. De acordo com o pesquisador, essa tendência a caracteriza como uma espécie rara e explica seu desconhecimento pela ciência, até então. “É interessantíssimo perceber que os frutos de uma pesquisa não terminam quando se encerram institucionalmente os projetos, uma vez que a descrição da nova espécie só foi oficializada cerca de quinze anos após a coleta”, reflete Barros.
Na África, a tripanossomose é encontrada em toda área ocupada pela mosca tsé-tsé, seu transmissor biológico. Entretanto, no continente americano, mutucas e moscas hematófagas, como a mosca-dos-estábulos, são transmissores mecânicos do tripanossoma. Capturada apenas em armadilhas, não se conhece a preferência da P. barrosi por hospedeiros e, portanto, é desconhecida sua importância como vetor desses e de outros agentes aos bovinos. A família Tabanidae possui 4.300 espécies descritas, em 137 gêneros.
Trabalho de formiga 
A revisão taxonômica é um trabalho minucioso, dispendioso e moroso. Leva tempo, exige paciência e meticulosidade. O biólogo Fernando Silva explica que “a taxonomia é uma ciência de base. Ela dá suporte a outras. O nome científico é um dos processos primordiais, sem ele são difíceis os passos seguintes”. Há também uma escassez de especialistas, considerando que normalmente há mais empenho em grupos de maior interesse econômico, ambiental ou ecológico.
“Costumamos valorizar pessoas que  dedicam uma parte do seu tempo coletando espécimes de diferentes grupos taxonômicos (muitas vezes até fora da sua área de interesse imediato ou de especialidade) e direcionando, posteriormente, esse material para especialistas e coleções de referência do grupo coletado. Isso representa uma contribuição importantíssima para o avanço da sistemática de qualquer grupo!”, destaca o biólogo. O nome de um novo material, explica ele, pode ser uma forma de homenagear alguém, como sucedeu com kolleri e barrosi, mas também, em outras situações, de ressaltar características marcantes do animal, aparência física ou região geográfica na qual ocorre.
Pesquisador do Museu Goeldi, Inocêncio Gorayeb revela que a revisão de um gênero ou taxonômica exige um completo conhecimento de tudo o que foi feito até hoje e publicado sobre todas as espécies daquele gênero. Ampliando-se, segundo ele, o conhecimento até então existente. “Ela [a revisão] esgota o assunto para a atualidade e, se for bem feita, certamente terá uma validade e será citada na literatura por mais de 50 anos”.

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