Gramados Ornamentais

TEXTO PRODUZIDO PELO ENGENHEIRO AGRÔNOMO INSETAN DHIEGO DE FREITAS ROCHA
 
Com a correria das grandes cidades se torna um privilégio poder desfrutar de um
pedacinho da natureza e, uma das formas de estar próximo ao verde com pouco tempo livre é
nos jardins das praças, parques e casas.
Apesar de flores, frutos e árvores chamarem bastante atenção por suas cores e
belezas, o gramado se apresenta como cartão postal de qualquer projeto de jardinagem.
Mesmo aparentando certa simplicidade para a implantação e o cultivo de gramas
ornamentais, para se conseguir um gramado de encher os olhos são necessários alguns
cuidados que vão desde a seleção da espécie até os tratos culturais específicos da planta
escolhida.
Para a escolha da espécie deve se observar primeiramente o local onde o gramado
será implantado, levando em consideração fatores como o clima, tipo de solo, ausência ou
incidência de luz solar e do trânsito de pessoas ou animais.
Algumas gramas, são mais resistentes ao pisoteio e podem crescer bem à sombra, já
outros não se desenvolvem bem em locais com trânsito de pessoas. Dentre as mais utilizadas
podemos destacar:
Grama Esmeralda (Zoysia japonica) – Espécie mais utilizada em jardinagem doméstica
no Brasil por apresentar boa resistência ao pisoteio e folhas estreitas com coloração esmeralda
vistosa que confere o nome popular à espécie. Com rápido crescimento do sistema radicular e
fácil adaptação após o plantio se apresenta como opção para controle de erosões. Quanto aos
tratos culturais, a grama esmeralda é exigente em luz solar, não sendo recomendado o plantio
à sombra. Podas periódicas são importantes já que, com o passar do tempo as folhas se
tornam amareladas e começam a pender além de formar um ambiente propício a proliferação
de pragas urbanas e fitopatógenos.
Grama São Carlos (Axonopus compressus) – Normalmente recomendada para áreas
maiores, como gramados de sítios e casas de campo por apresentar folhagem densa que
rapidamente cobre grandes terrenos. Por seu crescimento agressivo, pode chegar a cobrir
áreas mesmo com presença de outras espécies de gramas ou plantas daninhas. Possui boa
tolerância ao encharcamento, o que faz da grama São Carlos uma opção para áreas com pouca
capacidade de drenagem. Em contrapartida, necessita de irrigação constante por não ser
tolerante à períodos de seca. Se cultivada recebendo irrigação regular e poda periódica o
gramado também estará livre de infestação de insetos, fungos e nematóides.
Grama Santo Agostinho (Stenotaphrum secundatum) – Espécie considerada mais
rústica, com boa tolerância à salinidade do solo se mostra como ótima alternativa para cultivo
em regiões litorâneas. Com coloração de verde a azulado e pontas arredondadas, boa
resistência ao frio e a locais em meia sombra, a grama Santo Agostinho é a preferida para
casas de praia. A poda deverá ser realizada visando manter sempre o tamanho do gramado
inferior a 3 cm.
Grama Amendoim ou Amendoim Forrageiro (Arachis pintoi) – Esta leguminosa
forrageira é muito utilizada para ornamentação principalmente em canteiros e locais de pouca
passagem. Apresenta coloração verde bem vistosa e, durante a primavera e o verão, apresenta
inflorescência amarelas que conferem um charme a mais para o gramado. Seu crescimento
vegetativo rápido proporciona boa cobertura densa do solo e dispensa podas frequentes e, por
se tratar de uma leguminosa, dispensa também a adubação nitrogenada. Como ponto
negativo, apresenta pouca resistência ao pisoteio não sendo recomendada para locais com
trânsito de pessoas ou animais e não se adapta bem em regiões de clima subtropical a
temperado. Por apresentar crescimento aéreo rápido e possuir porte mais alto, em
comparação às gramíneas anteriormente citadas, locais com cultivo do amendoim forrageiro
podem vir a servir de abrigo para insetos e aracnídeos.
Independente da escolha da espécie, alguns cuidados devem ser tomados antes da
implantação do gramado. É de grande importância se conhecer os solos, suas capacidades e
limitações e realizar as correções necessárias. Terrenos em desnível podem necessitar de
nivelamento no todo ou em algumas partes. A poda, quando necessária, deve ser realizada por
pessoa experiente e nas épocas recomendadas, uma poda feita de maneira inadequada pode
prejudicar as plantas, exaurindo reservas e podendo levar até a morte. O controle de pragas,
principalmente formigas cortadeiras e cupins, deve ser realizado anterior à implantação do
gramado. Após o plantio, o controle destes animais se torna inviável e, a presença destas
pragas, pode ocasionar perdas em até 100% das plantas.
Observando estes cuidados é possível se obter gramados vistosos e vigorosos. Em caso
de dúvidas ou problemas em gramas já estabelecidos pode sempre buscar auxílio junto a um
paisagista ou engenheiro agrônomo.

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