Desta vez, o passeio noturno do Exterminador foi mais longo. Ele resolveu caminhar por outros bairros, conhecer os jardins das casas dos quarteirões mais distantes. Sabia que, por ali, o ar era mais quente e as pessoas muito mais silenciosas. Mas, nesta noite, viu a casa da esquina quebrar o famoso silêncio: lá de dentro, as luzes piscavam sem parar. Sombras corriam de um lado a outro sem descanso. Da calçada, parecia que uma multidão enlouquecida invadira os cômodos.
O barulho era ensurdecedor. Vidros quebrando, coisas se chocando com o chão, cortinas se rasgando. Pouco a pouco, os vizinhos foram se empoleirando nas varandas, alguns saíram em direção à rua, outros recuaram com medo de chegar mais perto.
– Chamem a polícia! – gritou uma senhora que morava na casa em frente.
O Exterminador, no entanto, não gostava da ideia de esperar. A confusão era tão grande, alguém pode ter se machucado. Resolveu entrar. Sem cerimônia, pulou a cerca e arrombou a porta. Os gritos aumentavam. No interior, um adolescente se agarrava às cortinhas, acuado contra a parede, o rosto vermelho. Segurava um sapato e apontava para o canto oposto da sala.
Por incrível que pareça, não tinha mais ninguém em casa. Apenas um rapaz assustado com um sapato na mão direita. O Exterminador tentou acalmá-lo e, sem sucesso, partiu para descobrir a terrível criatura que tomava conta do assoalho.
O rapaz suspirou de alívio quando o Exterminador capturou a pequenina barata que se debatia com as perninhas para o ar.

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