A Caçada: com seu brilho tentador, larvas de besouros atraem aleluias

Como encontrar proteção e comida onde não existe esconderijo? A melhor estratégia é que vai definir quem merece continuar vivo. Veja em mais um episódio de A Caçada.
 
Nas planícies espalhadas pelo mundo, uma presa de corpo frágil teve que procurar uma saída para fugir dos olhares famintos. E a solução não poderia ser mais ostensiva. Construir fortalezas gigantes. Cupins não costumam fugir do trabalho. Pode levar até cinco anos e incontáveis gerações para o monte chegar ao tamanho ideal.

O resultado é uma imponente vitória da engenharia coletiva. Dentro de seus castelos de barro, os cupins estão protegidos de quase todas as fúrias da natureza! As queimadas podem chegar a temperaturas de 800° Celsius. Mas no imenso cerrado brasileiro esses montes oferecem tanta proteção que os cupins são a mais abundante forma de vida por aquelas bandas.
Do lado de dentro dessas paredes blindadas, os cupins seguem uma rotina social superorganizada. A rainha dos cupins tem como missão de vida produzir vários milhões de ovos. Por dia, são pelo menos 80 mil.
Cupins operários cuidarão bem de todos eles. Mas, uma vez por ano, essa regra será quebrada por um bom motivo. A estação das chuvas marca o começo de um espetáculo fascinante. Uma nova geração de cupins ganha asas e um nome bonito: viram as “aleluias”. Elas deixam os cupinzeiros aos milhões para o desafio de formar novas colônias numa gigantesca festa do acasalamento.
Se tamanho frenesi chama a atenção até dos mais distraídos imagine de quem há um ano espera por esse momento. Do lado de fora dos castelos erguidos pelos próprios cupins, visitantes oportunistas vão cavocando seus buracos. São larvas de besouros, primos dos vagalumes.
Elas esperam a noite cair e então se posicionam quase do lado de fora. São centenas delas. As luzes são um chamado irresistivel. Como as mariposas que são atraídas para o fogo, as aleluias também não conseguem fugir do brilho tentador. E viram comida.
Durante duas semanas, os cupinzeiros ganham iluminação de festa. As larvas comem tudo o podem porque tempos bicudos estão a caminho. Vai levar dois anos para que cada uma delas se torne um besouro adulto.
Já o desfalque entre os cupins é mínimo. Para formar uma nova colônia bastam apenas um macho e uma fêmea.
Fonte: G1

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