Pesquisadores da USP trabalham em aplicativo contra o Aedes aegypti

Pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos trabalham no desenvolvimento de um aplicativo para monitorar o Aedes aegypti. A tecnologia vai operar junto a uma armadilha que ajuda a mapear o mosquito fêmea, transmissor da dengue, chikungunya e do vírus da zika. O projeto é o único brasileiro a receber uma bolsa do governo norte-americano de 500 mil dólares (cerca de R$ 1,6 milhão) para pesquisas no combate às doenças.
O objetivo é que em breve a armadilha esteja pronta para venda. O mais importante é que as pessoas percebam que o mosquito está por perto. “A gente está em uma fase de redução da verba de pesquisa por causa da crise econômica. Ter uma verba que vem de fora é uma forma diferente de angariar fundos para continuarmos”, disse o pesquisador do ICMC Gustavo Batista.
Batista criou um sensor que identifica o mosquito pelo barulho que ele faz.
“Isto está mais ou menos relacionado com o número de asas que ele tem, o formato, o tamanho do corpo. Um inseto muito grande como a borboleta tende a bater asas bem devagar. Já um mosquito bate asas 600 vezes por segundo. Então, como diferentes insetos têm diferentes frequências, a gente acaba fazendo reconhecimento por essa informação”, explicou.
O Aedes aegypti bate as asas muito mais rápido que outros mosquitos e quando passa pela luz de laser da armadilha inteligente, o barulhinho fica registrado e ainda é possível saber se o mosquito é macho ou fêmea e quantos entraram. Depois é preciso transformar tudo isso em dados, explicou o doutorando André Gustavo Maletzke. “Ele consegue identificar qual a espécie e gênero do inseto. A ideia é conseguir contabilizar isso de modo que essa informação possa depois ser repassada para o usuário”, explicou.
Com o aplicativo, os pesquisadores querem chamar a atenção para que os moradores, ao saberem da presença do mosquito, tomem medidas para fazer o controle. O sistema permite que se faça um comparativo da quantidade de mosquitos capturada de cada espécie no ambiente ao longo do tempo.
“É importante que as pessoas saibam que o mosquito voa pouco. Então se ele está presente dentro da casa ele provavelmente nasceu lá dentro. A gente vai utilizar o aplicativo móvel por celular, a armadilha vai informar às pessoas sobre a quantidade de mosquitos que estão presentes e vai instruir como fazer o controle de forma correta”, disse.
Segundo Batista, a armadilha não é cara, já que os equipamentos eletrônicos usados são simples e fáceis de achar. A expectativa é que entre um a dois anos já exista um protótipo que possa ser inserido no mercado. (Fonte: G1)

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