Dormir de repelente faz mal à saúde?

A epidemia de dengue, febre chikungunya e zika vírus — todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti — tem aumentado a procura das pessoas por repelentes. Essa busca também fez com que surgissem diversas dúvidas sobre o uso do produto e as possibilidades de aplicação. A Anfarmaq (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais) esclareceu algumas das perguntas mais frequentes que têm sido feitas sobre os repelentes.
Há algum tipo de repelente que é mais eficaz contra o Aedes aegypti? 
Não há um tipo específico, mas sim diversos repelentes tópicos eficazes contra o mosquito no Brasil. O que varia entre eles é o tempo que dura a proteção de cada um.
É seguro usar repelentes em crianças?
Sim. Mas restrições precisam ser respeitadas: crianças com idade entre 2 e 12 anos não devem ser expostas a repelentes à base de DEET com concentração acima de 10%. No caso dos bebês a partir de seis meses, são recomendados repelentes à base de IR3535 — e o uso do produto é permitido apenas a partir dos dois meses de idade. Em relação ao número de aplicações, três vezes ao dia é o número ideal.
O repelente pode ser aplicado na região do rosto?
Sim, mas é melhor evitar. Caso seja necessária a aplicação, garanta que o produto não entre em contato com os olhos, a boca e o nariz, e nunca aplique no rosto de crianças.
Com qual frequência os repelentes precisam ser reaplicados?
A frequência é relativa ao tempo de ação de cada tipo de repelente. Os prazos acima não devem ser excedidos para que não haja risco de toxidade. Quando expostas a temperatura e umidade elevadas, as pessoas podem aumentar a frequência do uso, uma vez que a eficácia diminui até 50% nesse tipo de clima. Mas, para que essa alteração seja feita, um farmacêutico deve ser consultado.
Pode-se usar perfume quando o corpo está coberto por repelente?
Não. Aromas doces de alguns perfumes podem causar o efeito oposto do repelente: a lavanda, por exemplo, atrai insetos. Portanto, evite misturar ambos os produtos.
É recomendável dormir com o repelente no corpo?

Não. A medida deve ser evitada por todas as pessoas, mas principalmente por crianças e gestantes. Antes de dormir, remova o produto com água e sabão. O repelente também não deve ser aplicado em partes do corpo cobertas por roupa, para que a pele possa respirar.
O repelente pode ser usado junto com o protetor solar?

Sim, mas não é recomendável. Segundo a associação, o filtro solar reduz o efeito do repelente — além disso, o tempo de reaplicação de ambos não é mesmo. Uma dica para usar o repelente junto com o protetor solar — se houver necessidade — é aplicar primeiro o filtro e esperar 20 minutos para que ele seque totalmente. Passado esse tempo, aplique o repelente. Antes da reaplicação, deve-se lavar o corpo com água e sabão, e repetir o processo.
E se a pessoa não se adaptar aos repelentes industrializados?
No caso de o paciente não se adaptar ao produto, ele pode solicitar repelentes naturais em farmácias de manipulação. Como o produto é preparado de acordo com a necessidade da pessoa, há mais chances de evitar os desconfortos, uma vez que a concentração de produtos químicos pode ser ajustada.
Usar repelente durante a gravidez pode trazer algum risco à gestante?
Não. Estudos realizados chegaram à conclusão que os repelentes tópicos não fazem mal a mulheres gravidas. No entanto, o uso não pode ser desenfreado e um médico sempre deve ser consultado.
Há produtos naturais eficazes que afastam o mosquito? 
Sim. Alguns óleos essenciais, como o da citronela, podem afastar o mosquito. No entanto, a maioria deles tem um tempo de ação bem menor que o dos repelentes industrializados, por evaporarem rápido.  A citronela, por exemplo, dura de 20 minutos a 2 horas na pele; o óleo de soja pode durar até 1h30 e o eucalipto-limão até 5 horas. Essas ervas podem ser opções viáveis para casos em que os repelentes sintéticos são contraindicados.
Consumir vitamina B pode proteger contra o Aedes aegypti? 
Não. A vitamina B não apresentou eficácia no afastamento do mosquito. Segundo a associação, o consumo com o intuito de se proteger do Aedes aegypti não é aprovado pela Anvisa.
 
Fonte: http://www.ipasealsaude.al.gov.br/sala-de-imprensa/dicas-de-saude/dormir-de-repelente-faz-mal-a-saude

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